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A roupa branca: propriedades e como se tornou elementar!

A roupa branca: propriedades e como se tornou elementar!

Para nossos ancestrais, não havia dúvida: o branco era uma cor real (e até mesmo uma das três cores básicas do sistema antigo, junto com o vermelho e o preto). Já nas paredes das cavernas paleolíticas, materiais calcários eram usados ​​para colorir as representações de animais de branco e, na Idade Média, o branco era adicionado ao pergaminho dos manuscritos iluminados (que eram bege claro ou casca de ovo).

Anos depois, passados tantos debates entre físicos, finalmente retornamos à sabedoria ancestral e mais uma vez consideramos o branco como uma cor em si mesma. Nossos ancestrais foram, portanto, particularmente sábios a esse respeito.

Neste artigo, vamos falar um pouco sobre a roupa branca, a origem dessa tradição que são os uniformes brancos e o significado da cor durante a História.

O significado do Branco

Em nosso vocabulário, o branco é associado à ausência, à falta: uma página em branco (sem texto), uma voz em branco (sem timbre), uma noite em branco (sem sono), um cheque em branco (sem valor) e por aí vai...

Mas, em nossa imaginação, associamos espontaneamente o branco a outra ideia: a de pureza e inocência. Este símbolo é extremamente forte e recorrente nas sociedades europeias e latinas.

Em quase todos os lugares do planeta, o branco se refere ao puro, ao virgem, ao limpo, ao inocente... Mas por quê? Sem dúvida porque é relativamente mais fácil fazer algo uniforme, homogêneo, puro com o branco do que com outras cores.

A partir da Guerra dos Cem Anos, nos séculos 14 e 15, foi hasteada uma bandeira branca para pedir a cessação das hostilidades: o branco então se opôs ao vermelho da guerra. Essa dimensão simbólica é quase universal e constante ao longo do tempo.

A roupa branca

Por muito tempo, o branco também foi garantia de limpeza. Durante séculos, todos os tecidos que tocavam o corpo (lençóis, toalhas e as que hoje se chamam roupas íntimas) tinham que ser brancos, por razões de higiene, é claro (o branco foi assimilado para limpar; preto, para sujar), mas também por razões práticas: os tecidos eram fervidos para lavá-los, principalmente os de cânhamo, linho e lã, tendiam a perder a cor.

Cultivamos até uma verdadeira obsessão pelo branco nas roupas, como martelam os anúncios de detergentes: a roupa agora deve ser mais branca que o branco! Existe, ainda, outro símbolo forte do branco: o da luz divina.

Assim, os anjos, seus mensageiros, também se vestem de branco... Esse simbolismo foi reforçado com a adoção, em 1854, do dogma da Imaculada Conceição. Os soberanos, que detinham sua autoridade do poder divino, também adotaram a cor branca, e a escolheram como forma de se distinguir nos exércitos muito coloridos.

Assim, o fato de várias profissões, como médicos, esteticistas, enfermeiros, chefs e outros, utilizarem roupa branca como uniforme se deve exatamente a esta simbologia de higienização, limpeza, pureza...

O que impressiona é essa surpreendente durabilidade de seu simbolismo. Ao contrário de outras cores, não mudou ao longo dos séculos. As raízes simbólicas do branco – inocência, divindade, limpeza e pureza – são quase universais e voltam no tempo. Sem saber, ainda estamos apegados a ela!

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